Munir como Crooner. Foto, a incansável Safi, Lúcia.
É importante entender que, apesar de Laura e Munir estarem no palco, eles são artistas plásticos. Em Autochoque, valorizamos mais a parte de contextura, a união das idéias como uma construção estética, do que nossas performances individuais no palco. Dentro desta concepção, recebi o que considero o melhor elogio individual possível: fui chamado de Crooner* (by Camila Schenkel). Entendo que ser um Crooner, dentro da profusão gigantesca de referências musicais de Autochoque, é a materialização de um estilo anacrônico e maneiro de cantor, que faz uma falta terrível nos fugidios dias de hoje (Frank Sinatra e Nelson Gonçalves eram Crooners (embora saiba que eles não gostariam desta definição) e Tom Waits e Mike Patton o são).
*Crooner é um epíteto dado a um cantor masculino de um certo estilo de canções populares, apelidado de pop tradicional. Um Crooner é um cantor de baladas populares, que tem um estilo de cantar suave, ou grave, e levemente exagerado. O cantor é normalmente acompanhado por uma orquestra completa ou uma big band. Geralmente, Crooners cantam e disseminam as músicas populares estadunidenses.
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